terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

O último rufar dos tambores...




2012 chegou com tudo, principalmente por aqui, na Terra Brasílis: primeiro o superrevéillon e depois, sob um sol escaldante para turista nenhum colocar defeito, a celebração do Carnaval. E eu que, até onde me consta, também sou filho de Deus, também dei o ar da graça nos blocos da minha Cidade Maravilhosa que, vale a pena ressaltar, já ultrapassou a fanfarra soteropolitana – Chupa essa, Salvador!


Deixando as rivalidades juvenis de lado, posso atestar que o Rio de Janeiro está melhor do que nunca no quesito Carnaval: os blocos de rua funcionam, são megavariados, carregam verdadeiras multidões e deixam a cidade ainda mais mágica. Fato que deixa qualquer eu-lírico inebriado de tanta inspiração.


Este ano, decidi ir a blocos que não conhecia. Sabe o que eu achei? Não poderia ter tomado uma decisão mais assertiva: amei cada nova descoberta, cada novo personagem incluído no leque dos figuraças, cada brinde, sob o sol, com os amigos... Tratou-se de uma forma literal de celebrar a juventude! Isso, claro, não tem nada a ver com a idade, mas com a vivacidade intrínseca que a gente traz para dividir com o mundo, tendo 8 ou 80 anos.


Meus destaques:


(fonte: g1.com)

Sargento Pimenta foi a bola de vez. Em seu segundo ano de vida, os caras estão com moral de veteranos. O Aterro do Flamengo foi pequeno para abarcar tantos foliões maníacos por Beatles! Se você estava em Marte nos últimos tempos, não tem problema, eu te ajudo a ligar os pontos: o bloco basicamente leva a multidão tocando clássicos dos Beatles em ritmos brasileiros, desde o maracatu até o funk. Eu, como estava na gringa no ano passado, não pude ver o nascer desse movimento. Neste fevereiro, porém, pude constatar que o Sargento Pimenta foi uma grande sacada. Afinal, incorporar os hits da mais famosa boyband da história no Carnaval só poderia dar samba.


Só me pergunto se daqui uns 30 anos haverá um bloco, nesses mesmos moldes, homenageando os Backstreet boys... Brincadeirinha, não me matem, please!








Outra ótima opção, desta vez celebrada na Praça Tiradentes, foi o ‘Toca Raul’. Além da boa música, o bloco levou vantagem no quesito conforto, apesar da multidão, havia espaço para celebrar e performar as músicas do controverso Rockstar, em ritmo de Marchinhas. Fiquei surpreso com o poder de comoção e excitação que ‘metamorfose ambulante’, ‘eu nasci a dez mil anos atrás’ e até mesmo ‘eu sou a mosca que pousou na sua sopa’ causou na galera. Lindo de ver e épico de viver. Fiquei feliz de, pelo menos desta vez, ter deixado o meu amado ‘Simpatia quase Amor’ para ouvir e curtir o Raul.


(fonte: Fernando Maia- Riotur)


O Bloco Cru começou meio ‘boring’ (talvez pelos meus primeiros sinais de exaustão). Calma, só ficou assim até a página 2. Já tinha sido convencido de que há, sim, simbiose entre rock e samba, mas queria mais. Muito mais! Sob o céu rosado do entardecer e o ar nostálgico da Praça XV, as energias foram recuperadas para mais uma enorme carga de folia. Destaque para as versões de ‘girls just wanna have fun’ (Cyndi Lauper), ‘I want to break free’ (QUEEN) e a louvável ‘Billie Jean’ (Rei Michael). Nesses momentos, me transportei para um outro plano, bem pertinho dos domínios do Rei Momo e, como um bom brasileiro, celebrei horrores.


Claro, houveram os blocos tradicionais que deram show, mas esses já não são, pelo menos para mim, uma novidade. Eles sempre protagonizam grandes momentos no carnaval, principalmente os meus dois amores: Simpatia quase amor e Banda de Ipanema.


Para encerrar, preciso elogiar a organização desses eventos múltiplos no Rio: haviam muitos banheiros químicos e a presença da polícia e guarda municipal se mostrou notável. Isso, obviamente, resultado da minha observação de folião, sem analisar dados e índices de efetivo nas ruas. Acho que deu certo! Este é o caminho e tenho certeza de que ano que vem as coisas estarão ainda melhores.


Para vocês, eu espero que tenham se divertido tanto quanto ou mais do que eu. Bola para frente, people, porque, se os Maias estiverem errados, ano que vem tem mais!


Grande Abraço!

domingo, 20 de novembro de 2011

O show da Bitch que parou o Brasil!


No último feriado, dia 15 de novembro, foi a vez do Rio de Janeiro receber o primeiro show da etapa sul-americana da Femme Fatale Tour, a atual turnê mundial da Princesa do Pop, Britney Spears. Mais de dez anos se passaram desde a sua última apresentação, no Rock in Rio 3, e a expectativa era titânica. Britney veio, agradou e se apaixonou! Fez um show no seu melhor estilo: Para tudo que eu quero colocar fogo no mundo! E nós, o público, também fizemos a nossa parte para tornar todo o espetáculo inesquecível...

Britney está em excursão pelo mundo divulgando o seu mais recente trabalho: Femme Fatale. Até meados de dezembro, cerca de 80 shows serão executados em quatro continentes. No Brasil, ela chegou dias antes da sua performance, que aconteceu na Praça da Apoteose. Desde o início, foi seguida por paparazzi e por uma legião de fãs que fizeram, inclusive, plantão em frente ao Hotel.


A loira se apresentou para cerca de 30 mil pessoas no Rio. Era fácil encontrar pessoas de várias partes do país: desde o nordeste até o extremo sul. Todos queriam conferir ao vivo o que a cantora mais influente da geração 2000 iria fazer. A estrutura do palco, como já era sabido, trouxe o que de mais moderno existe, uma produção impecável: plataformas de suspensão, telões de variadas formas e tamanhos, inúmeros recursos cenográficos, além, é claro, de muitos efeitos especiais.



A diva entrou no palco cantando hold is against me. Nunca estive presente em uma reação tão desesperada de um público, todos estavam cantando como se fosse a última vez... Isso chamou a atenção da Spears. Ela era só sorrisos, simpatia e um carisma que beira o sobrenatural, além da beleza... Gente, ela é linda de verdade! Os figurinos também merecem destaque: as roupas eram estonteantes, brilhavam como joias, realçando ainda mais aquele ambiente onírico-futurista. O papel de mulher fatal, título da turnê, foi interpretado como ninguém e ela encarou diversas facetas nos surpreendendo música após música. Não tinha alternativa, todos já estávamos enfeitiçados.


É verdade que o vigor das coreografias não é o mesmo de dez anos atrás, mas Britney Spears ainda tem muito gás e toda aquele mágica que nos encanta há tantos anos. O setlist foi composto por vários hits, mas ficou claro que o foco pendeu para os seus trabalhos mais atuais, que são ótimos. Infelizmente, quem foi para ouvir músicas como Oops! I did it again, You drive me crazy ou Stronger, saiu sem ter os seus desejos totalmente realizados.


O enredo foi o seguinte: Britney foi capturada; depois, fugiu com seu bando para os confins de um Egito estilizado, a sedutora Temptress a lá Cleópatra entrava em cena; seguiu como uma rebelde motoqueira, capturou seu algoz no oriente e encontrou a redenção no fim do mundo. Muitas canções merecem destaque, grande parte delas, com certeza, fazem parte do cancioneiro daqueles que, igual a mim, amam a cultura pop. Hold it against me foi um choque, era o início dessa jornada. Em I wanna go, Britney levou alguns fãs para dançarem e pularem com ela segurando a linda bandeira do brasil. E o final, que foi histórico, épico...



A música que encerrou o show foi till the world ends, seu maior hit da atualidade. O refrão desta música é simples: uma batida de ferver o mundo acompanhada de vocais fortes, em coro, cantando “OH OH OH”. Sabendo disso, foi preparada uma surpresa, um presente nosso para ela. Antes de entrarmos na Apoteose, foram distribuídas placas escritas “OH” para todos os fãs. Quando Britney começou a cantar, nos preparamos. No refrão, todo público pulou e cantou levantando a sua placa. Foi LINDO! Britney e os dançarinos ficaram impressionados com o flashmob no durante a apresentação. Ela estava ainda mais radiante. No final dessa música, Britney foi içada enquanto várias explosões simultâneas aconteciam e uma chuva de faíscas caiam, em cachoeira, por trás dela. Duas asas de anjos são abertas e a redenção chega, durante o fim do mundo representado. Mas já não importava se o mundo tinha acabado ou não, nós tínhamos experimentado o sublime. Um momento ímpar, único.


Com certeza, o melhor show do ano. Pelo menos o mais aclamado. Foi o espetáculo mais animado em que estive na vida, e olha que eu já estive em muitos, hein? Existiu uma vibe ali que nem no show da Madonna eu encontrei. A própria Britney tuitou horas depois dizendo que foi épico. No fim das contas, foi como ter acordado de um sonho. Um sonho lindo, musical, futurista, intenso e absolutamente inesquecível.






Fotos: site x-britney



Keep on dancin' untill the world ends...

domingo, 30 de outubro de 2011

Rock In Rio 2011 - Deixou saudades


Há exatamente um mês, eu estava curtindo o meu segundo e último dia de Rock in Rio. A essa hora, imagino, o Jota Quest estava a todo vapor colocando as 100 mil pessoas para pular e dançar em um ritmo frenético. Mas a noite só estaria começando. Tudo, até ali, era uma preparação para os dois furacões da noite: Ivete Sangalo e Shakira.

Hoje, trinta dias depois da euforia excitação que o Rock in Rio causou, é possível fazer um balanço mais crítico do evento que abalou as estruturas do Rio de Janeiro. A marca se mostrou mais forte do que nunca, e a cidade do rock veio e calou a boca de qualquer outro grande festival no mundo! Nós, definitivamente, já sabemos como fazer. Coisas a serem melhoradas, obviamente, existem. Mas tudo é tão pequeno se compararmos com a dimensão de tudo que deu certo... Deixou muitas saudades.


Estive presente em dois dias, 23 e 30, mas, em todos os outros (principalmente o dia 1 de outibro) assisti pelo Multishow. Sem nenhuma dúvida, o Rock in Rio se trata de um festival de música, vários estilos de música! A ideia de apenas rock no evento se mostrou mais arcaica do que nunca. Mesmo assim, muitos ainda discutiram sobre essa visão moderna do evento, principalmente aqueles mais conservadores.



Mas vamos voltar a falar do que interessa: a música! Tivemos a oportunidade de conferir um leque grande e variado de atrações. O cardápio foi generoso, desde a pré-adolescente apaixonada pela Katy Perry, até o tradicional metaleiro, fã do Motorhead, foram contemplados. Um verdadeiro festival musical democrático. Era só escolher e curtir.


No dia 23 de setembro, dia de abertura do evento, foi uma da vibes mais interessantes em que eu já estive presente. Os ânimos estavam muito elevados, Katy Perry e Rihanna cantariam naquele dia. Apesar de os outros shows terem sido ótimas apresentações, nada se comparou à Katy Perry. Foi antológico! Houveram alguns deslizes vocais, admito, mas também houve muita cor, dança, música boa e um carisma inexplicável. Era um sonho, ao vivo, de 100 mil pessoas cantando um uníssono.


(Katy Perry)


Dia 30, o carnaval tomou conta da cidade do rock. Monobloco no palco Sunset, e uma mistura mágica caracterizavam as atrações do palco mundo. Ivete e Shakira arrebentaram, fecharam a noite com uma apoteótica parceria e nós, o público, fomos à loucura.


Destaco também, entre os shows que vi pela tv o Marron 5 e a minha mais nova paixão: Coldplay. Já ouvi em algum lugar que se existe uma banda capaz de mudar o mundo, essa seria o Coldplay. Depois do show que vi, concordo.

(Coldplay)


Muitas apresentações sensacionais também merecem ser citadas, mas todos já viram as críticas e os reviews durante esse tempo. E, inclusive, não é essa a minha intenção...


A boa notícia é que tudo já tem data marcada para continuar. Em 2013, um novo Rock in Rio promete abalar ainda mais as estruturas da Cidade Maravilhosa. Alguns setores como transporte e volume de ingressos postos à venda, são alguns dos pontos que merecerão mais atenção na próxima edição. Afinal, apesar de excelente, nada é tão bom que não possa ser melhorado.



Gostaria de mandar um alô para aqueles que viveram essa experiência comigo. Vocês sabem, né? Viver um Rock in Rio é uma fonte de boas memórias que, com certeza, você recorrerá no futuro, quando quiser lembrar-se dos grandes momentos da sua vida. Fica eternizado!



Então, é hora de sacudir a poeira e abrir espaço para mais incríveis memórias. Pois 2013 já está quase aí.


Grande abraço

domingo, 4 de setembro de 2011

O Homem do Futuro - A ótima novidade do cinema nacional.


Wagner Moura, Aline Moraes, uma boa história e um eterno hit, do sempre ídolo Renato Russo, como pano de fundo, são ingredientes de uma fórmula vitoriosa. O longa “O homem do futuro”, escrito e dirigido por Cláudio Torres (o mesmo de O Redentor e Mulher Invisível), foi mais um grande acerto do cinema nacional. Mistérios eternamente transcendentais à questão humana como viagem no tempo e as consequências dessa, no caso não tão impossível, empreitada, são tratados com uma leveza surreal e pitadas doces de romance, além de nuances comedidos de humor. Um festival de não exageros e bom gosto.

O filme conta a historia do físico Zero (interpretado, brilhantemente, pelo Wagner Moura), que ao tentar desenvolver uma máquina que acelera partículas e gera energia, acaba criando um buraco negro que interfere no tempo e no espaço e possibilita que ele volte no tempo. Desde sempre apaixonado por Helena (Aline Moraes), ele volta para o exato momento em que foi humilhado, publicamente, por toda a galera e, inclusive, pelo seu amor. Ao impedir esse acontecimento e mudar a ruína solitária que sua vida tinha se tornado desde essa desilusão, ele acaba alterando o futuro. Vinte anos depois, tinha se tornado um cara poderoso, fútil, mau caráter, traidor de amigos e, principalmente, tinha perdido o amor da sua vida, Helena. Ao se dar conta do estrago que tinha feito, volta, mais uma vez, para tentar impedir que a sua versão mais velha se intrometa no curso natural das coisas.



O momento de convergência das três versões de Zero, foi uma festa da universidade que ocorreu em 1991, onde ele canta com sua, então namorada Helena, a música Tempo Perdido. Você começa odiando a personagem dela, que se tornou uma famosa modelo, mas, no final, acaba baixando a guarda e se apaixonando também. As atuações de Fernando Ceylão (o Otávio), Maria Luísa Mendonça (a sandra) e Gabriel Braga Nunes (Ricardo), também merecem destaque neste, que considero, um épico do cinema pop nacional contemporâneo. Sem contar no primor que são os efeitos visuais, dignos de Hollywood. Há quem diga que o enredo lembre o filme Efeito Borboleta, mas quer saber? O filme é mais, diz mais, provoca mais e a gente, como consequência, sente mais.


Um misto de boas risadas, torcidas e arrepios, causados pela cena em que eles cantam “tempo perdido”, são uma constante durante o filme. O mundo pareceu mais belo e aquela sensação de que no fim tudo pode dar certo é o tempero de uma irreal realidade que nem o, inexorável, tempo pode atingir. Afinal, como diz a canção, somos tão jovens, não é verdade? É belo pensar que aquele que poderia mudar o mundo, não o fez em motivo de uma razão maior, de um amor maior!

Gente, eu recomendo que todos façam essa mesma viagem e tirem as suas próprias conclusões sobre “O Homem do Futuro”. Uma boa história de amor e ficção científica, pitadas de humor, talento brazuca na tela e Renato Russo amarrando a mensagem através dessa incrível canção, só poderiam dar em samba. Agora me encontro em casa, comendo chocolate, escutando “tempo perdido” e agradecido por termos um Wagner Moura dentre os artistas brasileiros. Muita paz e música para todos. É hora de voar e tempo de sonhar...


Então abraça/forte e diz mais uma vez q já estamos/ distante de tudo/ temos nosso próprio tempo... Enfim, somos tão jovens:





Prepare o coração!

domingo, 21 de agosto de 2011

De voltaaaaa!!!!

Oi, Genteee!!!

Quanto tempo, hein? Nossa! Nem parece que já faz quase um ano desde o meu último post aqui nesse espaço que eu tanto adoro. Mas, a partir de agora, prometo ser o mais dedicado possível (pelo menos até a próxima por enquanto) e voltar a ter um mínimo de periodicidade no Cultura Pop.

É claro, muitas coisas mudam em um ano: estou um ano mais velho, novos livros foram adquiridos à categoria dos lidos, conheço outra parte do mundo (isso eu conto em outro post.), entre outras e diversas coisas. Agora, o que com certeza, continua megalatente é o meu amor e dedicação em relação à cultura pop em geral. Então, ainda sou o mesmo!

Gente, nós vamos continuar abordando vários assuntos e, o mais importante, expressar nossas opiniões. Afinal, a gente pode tudo, lembram?

Preparados para mais uma fase e uma enxurrada de novos posts?? Hehehe. Espero que sim. A constelação de estrelas pop que nos aguardem.




Beijoss.

sábado, 4 de setembro de 2010

A nova aposta do cinema nacional - Nosso Lar


Um mergulho no desconhecido e uma caminhada por vielas que denotam fatos transcendentais à mera compreensão humana. Foi nesse contexto em que me encontrei enquanto conferia a mais nova aposta do cinema nacional baseada na obra do Chico Xavier: Nosso Lar. Encarado por uns como religião e por tantos outros como ficção, esse belo longa levanta questões polêmicas e adiciona mais um palpite no amontoado que já existe sobre o nosso destino pós-vida.


Nosso Lar relata a história de André Luiz, médico, que após sua morte devido aos mais diversos vícios levianos, se vê preso no Umbral, uma dimensão obscura repleta de sofrimento e dor. Situado entre o céu e a Terra, essa espécie de purgatório é o cenário do acerto de contas com a obra realizada (ou não) na Terra. Resgatado, ele é levado para uma dimensão superior, onde existem colônias (cidades) de espíritos de luz, e muitos deles atuam nas mais diversas áreas para um macro funcionamento das questões existenciais, tudo regido, é claro, pelo ser maior: Deus.



Vou procurar não me estender muito sobre o conteúdo do filme, pois a idéia é que você mesmo(a) assista e se surpreenda. A questão maior abordada é que nessa dimensão superior está localizada a verdadeira existência, a vida na Terra é apenas uma mera passagem! Outra coisa que me chamou à atenção é que essas colônias se localizam logo em cima do nosso planeta, distribuídas em belas cadeias de montanhas (belíssimas imagens). Existem estruturas sociais (como governo e ministérios) e muita tecnologia! Segundo o personagem Lísias (interpretado por Fernando Alves Pinto cuja atuação me agradou muito), “ali não era igual a Terra, a Terra que era uma imitação dali”. De tempos em tempos almas reencarnavam e levavam um pouco desse conhecimento para a humanidade, justificando entre ouras coisas, o desenvolvimento terrestre.



A qualidade da produção também merece destaque, o maior custo na história do cinema nacional! Repleto de efeitos especiais padrão Hollywood de qualidade, não comuns no jeito brasileiro de fazer cinema. Mas com o bônus da tecnologia veio o ônus do custo, o investimento beira os 20 milhões de reais! Talvez um valor tímido para o padrão internacional, mas certamente gigante para os orçamentos nacionais. Sinceramente, acho que foi bem gasto cada centavo.



Apesar de essa temática ter sido extraída de um livro religioso, o filme não necessariamente precisa caminhar por esse viés. Se você não é espírita, encare como uma bela história, uma boa ficção. Eu não sou espírita, mas apesar de saber que alguns recursos foram utilizados no sentido de se apresentar da forma mais adequada para o cinema (obviamente por se tratar de uma obra comercial), Nosso Lar fomentou alguns questionamentos que não eu não tinha. Seria muito coerente, na minha opinião, se dentro dessa obra do Chico (que segundo ele, o próprio André Luiz retratado no filme disse sob forma de Psicografia) houvesse alguma verdade universal. Prefiro acreditar que somos mais do que apenas essa vida, é mais reconfortante. A linha entre o entretenimento e questões filosóficas de cunho existencial estava bastante tênue nessa minha pequena viagem rumo a uma, quase impossível, definição do que eu acredito.



A direção e o roteiro do filme é de Wagner de Assis e é estrelado por Renato Prieto (interpreta o André Luiz), além de grande parte do elenco ser formado por artistas consagrados. Não posso deixar de pautar a trilha sonora, é sublime! Resumindo a ópera: recomendo demais! Aproveite e entre nessa viagem, que pode ser verdadeira. Por que não? Afinal, é uma possibilidade!



Grande Abraço

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Pitacos Políticos


2010 está sendo um ano cheio de importantes acontecimentos e dos mais diversos. Entretanto, agora que as emoções futebolísticas da copa já acabaram, as eleições ocupam o espaço embaixo dos holofotes, no centro do palco. Certamente um momento crítico de transição já que estamos acostumados com o jeito Lula de governar.


Não faço questão de esconder o meu favoritismo pelo Luís Inácio, pois, apesar de sermos um país latino ainda não desenvolvido, ao longo desses últimos anos firmamos nossa força, relevância e importância no cenário político internacional. Não apenas por isso, internamente o Brasil já está com a casa um pouco mais arrumada (um exemplo disso é que a maioria da riqueza do país se concentra na classe C) se compararmos com outras épocas. Obviamente ainda não é o suficiente. Mas que nós andamos, andamos!!!


Infelizmente minha animação para por aí! Os presidenciáveis, desta vez, parecem oriundos de um espetáculo cuja principal característica é não ser carismático. Claro que estou falando dos digníssimos: Dilma (PT), José Serra (PSDB) e Marina Silva (PV), candidatos que configuram o cenário das principais possibilidades de Governo. Você já escolheu o seu?? Eu nem de longe!!!



O PSDB antes de formalizar a candidatura do Serra enfrentou um racha interno, os tucanos mais moderninhos apontavam na direção do “mineirinho gente boa” Aécio Neves, formando a contra partida da empreitada do Serra. Os conservadores saíram na frente e Serra começou a corrida rumo ao poder executivo Tupiniquim. Serra, concordo, é um bom administrador. Fez grandes obras, em especial na saúde e educação Paulista. Mesmo assim, a filosofia do PSDB me assusta um pouco, talvez um trauma retardatário do FHC way of life. Nesse contexto, talvez o Aécio fizesse a diferença principalmente no desempenho das pesquisas eleitorais, já que o Serra está em constante derrocada nas intenções de votos. Entre dois bons administradores, o mais carismático, obviamente, seria a escolha mais indicada.


Dilma do PT, que não é boba e nem nada, fixou sua campanha no figuraça do Lula. Está certo que se trata da candidata do governo, mas ela não é nenhuma operária que surgiu no coração sindical do ABC Paulista, então não deveria agir como tal. Identidade própria é crucial! Além disso, são gritantes os esforços dela com a aparência e vocabulário no sentido de imprimir uma imagem mais popular, totalmente diferente da Dilma que sempre deu as caras na chefia da casa civil. O fato é que está funcionando, ela já lidera as pesquisas. Devo reconhecer que sua propaganda eleitoral está muito bem produzida, um primor! Talvez esteja aí um fator que contribua com a, cada vez mais, notória vitória.



Marina Silva segue pela tangente, mostra fôlego na disputa com uma pequena, porém relevante, parcela das intenções de votos. Talvez fosse a melhor escolha se ainda gozasse do respaldo petista que outrora tinha. É uma figura coerente e bastante respeitada no cenário internacional devido ao seu comprometimento com o planeta e desenvolvimento sustentável. É uma incógnita, pelo menos para mim, os detalhes de suas promessas de campanha que não dizem respeito ao desenvolvimento verde. Está certo que se trata de um pilar importante, mas governar a república federativa do Brasil é tarefa complexa, existem outras grandes prioridades também. Talvez o seu pouco tempo na televisão não propicie muitos desdobramentos e discussões, afinal temos que ponderar que o processo democrático não é assim tão... democrático! rs..


Com todos esses pontos contra os nossos candidatos, realmente fica difícil decidir em quem votar. Talvez eu esteja sendo um pouco duro com as circunstâncias, mas ‘caramba’, é do nosso Brasil que estou falando. E deixá-lo nas melhores mãos possíveis é nossa responsabilidade. Vou seguir ponderando e tentar encontrar entre esses “simpáticos” presidenciáveis a melhor opção para a minha nação!! Pensa nisso Galera!!



Grande Abraço